Comunidades prosperam por causa de seus membros colaboradores.
No final do dia, quando falamos de comunidade, falamos de pessoas.
E as pessoas só contribuem para as comunidades se confiarem que seu tempo e energia serão bem investidos e aproveitados.
E esta primeira leva de membros colaboradores-chave, nós chamamos de Comunidade Mínima Viável.
Tenha isso em mente: a confiança leva tempo para ser construída e não deve ser apressada.
Por exemplo, se você acabou de conhecer alguém em um bar, acredito que essa pessoa não lhe emprestaria 200 dólares se você lhe pedisse, certo? Não importa o quão charmoso e convincente você seja.
A mesma coisa acontece na relação entre pessoas com uma marca ou produto e também com uma comunidade.
A transição para a web3 está transformando a estratégia do MVP [Produto Mínimo Viável] + GTM [Go-To-Market] para novas possibilidades.
- Em vez de promover um produto mínimo viável, agora se trata de estabelecer uma comunidade minimamente viável.
Por quê?
Bem, a web3 remodelou a hierarquia de poder da economia em plataforma [também conhecida como web2] e mudou a dinâmica da rede, cortando os intermediários através de modelos descentralizados e viabilizados por Blockchain e Tokenização.
Hoje, consumidores não são apenas compradores de produtos e serviços no mercado – eles são acionistas. Agora, além de buscarem valor em produtos/ serviços / comunidades, eles se preocupam com o sucesso das empresas das quais compram.
A jornada de compra mudou e a estratégia não é mais tão simples, aliás, pode ser contra intuitiva para muitos.
Jornada do Membro web3
Antes de tudo, se os consumidores querem um produto de uma iniciativa promissora da web3, eles precisarão adquiri-lo investindo no projeto.
- seja através de contribuição com tarefas;
- seja através da compra do ativo via token;
Agora, as empresas não estão mais no topo da relação vendedor-comprador.
Hoje, a forma de construir uma marca não passa por idealizar uma persona compradora do seu produto, vendê-la um produto básico [MVP] e depois acrescentar funcionalidades no produto até que ele atinja os “padrões do cliente ideal”.
Ao invés disso, marcas estão trazendo o consumidor para o processo de desenvolvimento desde o seu início. Ao invés de criar para um público, cria-se com uma comunidade
Observe o ecossistema de propriedade intelectual da YUGA LABS.

Através da cooperação contínua, os próprios membros da comunidade criaram juntos um ecossistema de marcas, serviços e produtos para destravar o valor da economia da propriedade.
Como? Através de storytelling e valor de comunidade.
As histórias são o formato de informação mais envolvente que conhecemos.
Quando uma boa história é contada, a atenção das pessoas será sempre atraída. As pessoas também podem experimentar novos valores sociais e de entretenimento através das histórias.
Benefícios de uma comunidade
Não é tão fácil para os startups obter uma fatia de participação de mercado no mundo web3. Eles não podem apenas visar as necessidades do consumidor; eles precisam envolver o consumidor, o desenvolvedor e o criador nos processos e decisões da empresa.
Mas os bônus pagos por uma estratégia de Comunidade na web3 são extraordinários:
- Engajamento [+LTV]: Consumidores se tornam membros a partir do momento que se tornam investidores. Seu interesse é mais do que o valor do produto ou serviço, é no sucesso da marca e do negócio;
- Velocidade da Cultura: não há necessidade se preocupar em buscar novas tendências o tempo todo. Já que o seu consumidor faz parte do negócio, ele trará a cultura para dentro dele.
- Feedbacks sem latência: se o seu consumidor faz parte do seu processo de construção desde o início, sua resposta aos estímulos é em tempo real.
- Lealdade: Uma marca é mais forte que um produto, sempre. Se sua comunidade é engajada e comprometida com sua marca, seu principal objetivo não será atacar o seu produto, mas sim melhorá-lo.
- Marketing gratuito: imagino que todo empreendedor ou gestor de marca gostaria de ter um exército de advogados de marca e evangelizadores em todos os canais possíveis, compartilhando suas experiências e criando novas iniciativas;
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Concluindo.
A tecnologia é transformadora quando encontra a cultura. As ferramentas mudaram, mas no final do dia, as organizações vencedoras serão as que melhor entenderem comportamento humano e utilizarem a tecnologia como meio.
Por Nathan Valadares – COO viden.vc